Abelha assassina híbrida: ela tem 300 vidas em consciência e não pode ser impedida

A seleção deu à humanidade muitas espécies úteis de plantas e animais que têm as melhores qualidades em comparação com seus ancestrais. Mas existem erros fatais no trabalho dos cientistas. O entomologista e geneticista brasileiro Warwick Kerr estava envolvido na criação de uma nova raça de abelhas, cruzando uma abelha africana com várias raças européias. No processo de experimentos, os híbridos acabaram acidentalmente fora do laboratório e já causaram a morte de pelo menos 300 pessoas, e milhares de animais já mataram seus animais.

A ideia de criar um híbrido baseado em uma abelha africana foi muito boa. Uma ordem para criar uma nova espécie veio dos apicultores brasileiros que queriam cultivar insetos mais produtivos. Uma abelha africana tem várias propriedades úteis em comparação com outras: tolera calor, coleta quase o dobro de mel, é mais resistente a doenças e se reproduz melhor. Warwick Kerr os trouxe da África e começou a cruzar. Agora é difícil dizer como isso aconteceu, mas em 1957 os híbridos obtidos eram livres. E então os eventos se desenvolveram como em um filme de terror de Hollywood.

As fêmeas de híbridos africanizados começaram a cruzar com zangões de abelhas comuns. O resultado são os filhos que atendem a todos os desejos dos apicultores brasileiros, exceto um "mas". Esses híbridos se mostraram extremamente agressivos e de tamanho maior. Eles atacam qualquer pessoa que esteja a menos de 5 metros de sua casa e depois perseguem uma vítima em fuga a um quilômetro de distância, e isso geralmente termina com a morte de um transeunte desatento.

Mas, como se viu, eles mostram agressão não apenas para proteger sua casa, em 1967 foi registrado o caso mais maciço do ataque desses insetos a casas em uma das áreas do Rio de Janeiro. Os socorristas que chegaram ao local não conseguiram fazer nada. As abelhas foram assustadas por um lança-chamas, mas isso apenas aumentou sua agressão, que matou 150 pessoas e várias centenas de animais. Desde então, os relatórios das vítimas humanas dessas abelhas assassinas têm aparecido regularmente; somente no Brasil, seu número já "excedeu" 300. E é impossível contar animais mortos e animais domésticos, mas, segundo especialistas, já existem vários milhares deles. Verificou-se que o veneno dessas abelhas é superior ao veneno das abelhas comuns em toxicidade, daí o grande número de vítimas como resultado de um choque anafilático.

Por um curto período de tempo, essas abelhas "melhoradas", devido à sua alta produtividade e capacidade de adaptação, se espalharam pela América do Sul, expulsando seus parentes mais modestos. Eles se mostraram muito trabalhadores e capazes de coletar grandes quantidades de mel, mas às vezes atacavam abelhas domésticas e, arruinando as colméias, roubavam mel delas. Argentina, Venezuela, Panamá, México e muitos outros países foram vítimas desse agressivo híbrido de abelhas. Movendo-se para o norte do continente americano, chegaram às fronteiras dos Estados Unidos, na parte sul da qual, apesar das medidas de quarentena das autoridades do país, registram regularmente casos de sua ocorrência. Nem desertos quentes nem chuvas tropicais assustam os insetos, e no Novo Mundo resta apenas um país cujos habitantes ainda não estão familiarizados com o novo milagre da genética. Está localizado no norte do Canadá. Foram as baixas temperaturas que retardaram a marcha triunfal de abelhas assassinas em todo o continente nos últimos tempos, e elas ficaram presas em algum lugar do estado americano da Califórnia.

Vamos torcer para que este exemplo sinistro de criação de abelhas assassinas, em vez de uma abelha mais lucrativa, sirva a humanidade como uma lição e, o mais importante, que esses insetos terríveis não cheguem ao nosso continente. Este talvez seja o caso raro em que você pode estar feliz que o Rio de Janeiro esteja tão longe de nós.

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